Os principais mitos do desenvolvimento de software

Os mitos de software são "falsas verdades" que existem no mundo da indústria de software. Engenheiros jovens e pessoas mais experientes tendem a acreditar neles, distorcendo a verdadeira face do processo de engenharia.

Um bom manual, cheio de normas e regras, fornecerá à equipe tudo o que eles precisam saber.
Desenvolvimento não é uma receita de bolo! Os clientes são diferentes, os projetos são diferentes, os programadores são diferentes, as prioridades dependem do projeto. Basicamente, tudo é diferente. Não pense que um site de comércio eletrônico que você desenvolveu para a empresa X valerá para a empresa Y e vice-versa. O planejamento é fundamental e só então você poderá aumentar os requisitos necessários e trabalhar em um novo projeto.

Se houver um atraso no cronograma, ele poderá ser ignorado alocando mais programadores para o projeto.
Por mais que exista o conceito de “Fábrica de Software”, não podemos pensar no processo de desenvolvimento como uma linha de produção. Ao inserir um programador em um projeto, levará algum tempo para se familiarizar com o código e o que está sendo feito e, em seguida, começar a produzir. Outro grande pecado que muitos gerentes comentam é tratar o programador como um "pedreiro", como um "peão". Se o desenvolvedor não entender nada sobre o processo da empresa para a qual está desenvolvendo, verifique se ele não pode contribuir da melhor maneira possível. Mais uma vez, quero enfatizar: o desenvolvimento não é uma linha de produção. Alocar desenvolvedores para resolver um problema de agendamento pode ter o efeito oposto, causando mais problemas!

A terceirização de um projeto é uma garantia de tranquilidade e sem trabalho.
Quando um projeto é muito trabalhoso, exige maior conhecimento do que sua equipe ou o cronograma é curto, muitos optam pela terceirização pensando que isso é uma garantia de paz de espírito e nenhum trabalho. No entanto, tenha cuidado: se a Empresa X o contratou, você é responsável pelo trabalho que está executando. Em outras palavras, qualquer problema também será seu! A maioria das empresas terceiriza o serviço, mas quando você compra o código, você é responsável por sua manutenção. Aqui está a pergunta: a terceirização fez o trabalho certo? Você comentou o código? Você documentou o que foi feito? Sua equipe tem pessoal para trabalhar nesse código? Pense muito antes de terceirizar algo que não será capaz de funcionar bem no futuro. É melhor recusar um projeto do que fazer errado.

O software pode ser construído observando seu objetivo geral - os detalhes podem ser levados em consideração posteriormente.
Se você é um desenvolvedor, talvez já tenha se deparado com um usuário que só queria um pouco de ajuste no sistema: “basta adicionar um botão que faça isso, procurar por isso e torná-lo rosado e brilhante. Sim, essas coisas acontecem! Ao pensar em um software, deve-se mapear o maior número possível de recursos. Naturalmente, no começo é difícil pensar em tudo, algo ou outra virá como uma correção. Mas pensar em algo muito básico e querer embelezá-lo muito mais tarde envolve mais tempo e o pior: retrabalho! Os desenvolvedores geralmente não gostam de destruir algo para fazê-lo de maneira diferente, porque o cliente mudou de idéia. De fato, ninguém faz. Como eu disse, existem exceções, mas se você não entende o desenvolvimento e gerencia apenas o processo, não pense que seus "detalhes" são realmente detalhes quando você vê linhas de código!

Mesmo que os requisitos de um software sejam alterados, as alterações são feitas com facilidade, porque temos uma boa equipe que sabe fazer muito bem o serviço.
Novamente, se você não está desenvolvendo e não entende o processo, não julgue uma atualização tão simples. Somente um programador será capaz de avaliar o quão simples é uma alteração - e muitas vezes, ela realmente terá a idéia depois de trabalhar com o código. Mesmo se você tiver uma boa equipe, as modificações devem ser analisadas, discutidas quanto à sua viabilidade e testadas. Lembre-se sempre: alocar um programador leva algum tempo para se familiarizar com o que está sendo feito. As coisas não são tão simples.

Se o programa funcionar, nosso trabalho estará concluído.
Se o programa ainda não estiver concluído e "em execução", não posso avaliar sua qualidade.
Esses dois tópicos são assustadoramente transmitidos, e você pode ter ouvido de alguém. Se um programa é executado, não garante que seu trabalho esteja concluído. Todo o processo de desenvolvimento deve ser sobre qualidade e apenas correr não garante - em outras palavras, o processo de avaliação da qualidade não se limita a essa etapa. Seu código está bem comentado? Está bem feito? Otimizado? A tecnologia usada é adequada? Os bancos de dados são otimizados? Seus relacionamentos foram criados corretamente? A infraestrutura do cliente suporta o que está sendo desenvolvido? Se o seu sistema foi feito para suportar múltiplos acessos, ele realmente suporta isso? Um programa é mais que o executável. Você vende todo o processo.

O único produto que entregarei ao cliente é o código executável.
Em alguns casos, o produto "palpável" que o cliente recebe é apenas o executável. Em outros, você trabalha com o código fonte e a documentação. No entanto, independentemente do caso, lembre-se de que, conforme declarado no item anterior: Um programa é mais que o executável. Você vende todo o processo de desenvolvimento. Então você deve pensar e fazê-lo perfeitamente.

O processo de planejamento nos fará criar documentação volumosa que atrasará a execução do projeto, atrasando o cronograma.
O planejamento é fundamental! Muitas pessoas ainda confundem planejamento com "papelada" e estão terrivelmente enganadas! Mesmo trabalhando em uma equipe ágil, o planejamento é fundamental! A documentação do projeto será trabalhada com a melhor metodologia adotada, mas um plano do que será feito deve ser estudado antes de "concluir o trabalho". Somente com o estudo dos processos e necessidades do cliente você pode criar um software que funcione com excelência!

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